Agora sim terminou o carnaval
dos 200 anos. Um crescimento palpável na grande maioria das entidades
carnavalescas. Me baseio no público para fazer esta afirmação. Em
nenhuma noite em que aconteceram os desfiles o público abandonou o local
antes do término. O segundo fato foi a paridade de forças entre os
participantes. A tal ponto chegou que uma das categorias teve que ser
usado o regulamento para definir o campeão. Três blocos burlescos
empataram na contagem geral. Isto no segundo grupo. Campeão, segundo
aprogoa o artigo 8 do regulamento, foi Aqui Agora. Empatados no segundo
lugar, Brasa Viva e Goela Seca. No primeiro, a diferença entre o campeão
e vice foi de meio ponto. Campeão se Cola Colou e vice Panteras do
Lagoão. Apenas a inversão do que aconteceu no ano passado.
As duas
entidades de primeiro grupo que baixam para o segundo são: Mimosas do
Jacaré e Vagalumes da Zona Leste. A que sobe é Aqui Agora. Restam duas
empatadas em segundo lugar que não houve parâmetro no regulamento para
identificar o vice. Será resolvido na reunião de diretoria de hoje à
noite, a partir das 19h30min, no Ali Baba. A lógica será a ascensão de
ambas, pois empataram em tudo. Porém, e sempre tem um porém, quem
resolve é a diretoria da Abec, usando de suas prerrogativas, segundo
determina o regulamento atual.
No
caso dos blocos carnavalescos, o campeão do segundo grupo foi a
Stangucha somando 69,50 de um total de 70 pontos. Em segundo lugar o
Tropicaliente com 66,00. Em escolas de samba, a Águia da BX foi a campeã
no concurso organizado pela Libes. A Aliança foi a campeão no concurso
organizado pela Acesb. A secretaria de Cultura declarou campeã dos
carnaval 200 anos de Bagé a Escola Aliança que somou 108,80 de um total
de 110 pontos. Ao passo que a Águia da BX somou 107,40. A segunda
colocada foi a Estrela D’alva com 107,70 pontos. As discussões em
torno de um carnaval é salutar. Cada um quer ver seu trabalho
valorizado. Já dizia Joãozinho 30: “Não há samba sem enredo”. Agora cabe
a cada um dos dirigentes fazer a avaliação sobre o trabalho
apresentado. Por exemplo, a maioria das entidades não ”escalou” um
diretor(a) de ala. Muitas vezes “embolava” a meia cancha e a entidade
parava na avenida. Algumas não deixaram espaço para a evolução do mestre
sala e porta bandeira. Outras “prensaram os passistas”. Algumas até
deixaram um “buraco” entre uma e outra ala. Nem todas entregaram a
sinopse aos jurados. O samba de enredo em algum caso deixou de ser
avaliado por falta da letra. Eu sei que não é fácil, principalmente para
quem não divide atribuições. Centraliza tudo. Precisamos evoluir até
mesmo na “escalação” de pessoas que possam ajudar. Colocar uma entidade
na avenida, já não é fácil, imaginem deixar um jurado sem informações do
que está sendo apresentado.
São
avaliações que faço no sentido de ajudar no próximo ano. Em linhas
gerais o carnaval de Bagé, que já vinha crescendo, este ano atingiu
80% do ideal para o nosso tamanho como cidade. Os próximos 20% que
faltam deve levar algum tempo para ser concretizado.
Concordam?
FONTE: http://www.folhadosulgaucho.com.br/?p=19&n=16052